Apesar de ser casado há já 12 anos, Ricardo nunca se sentiu totalmente preenchido na cama. Não é que Helena, a esposa, não fosse aberta a experiências novas. Até era. E já tinham feito de tudo um pouco: dogging, saunas, swing. Mas faltava sempre qualquer coisa.

Faltava pouco para o Natal e Helena tinha ido para fora em trabalho. Ricardo sabia que precisava de novas sensações, algo que o satisfizesse na totalidade. Não era de ficar-se por meias tintas. Era sexta-feira e tinha ido ao ginásio depois de um dia extenuante de trabalho.

Humberto era um pouco mais velho que Ricardo, andava pela casa dos 40. Mas, aqui e ali, nunca disfarçara um certo apetite por algo mais do que amizade. Ambos estavam sozinhos e Ricardo propôs um copo depois do ginásio.

O encontro foi em casa de Humberto, um décimo e último andar, longe de olhares curiosos. À entrada, o amigo procurou que Ricardo se sentisse à vontade. Nunca tinha sentido tanta paz. Saiu e voltou sem camisa. Foi como que um clique.

Em dois minutos ambos estavam nus e com uma vontade incontrolável de se tocarem e deslizarem as línguas pelo corpo um do outro. Humberto sugeriu que fossem para uma divisão bem perto do quarto. Vivia sozinho, mas a casa estava extraordinariamente arrumada e em ordem.

A divisão era um pouco escondida e tinha isolamento acústico profissional. Uma “tremideira” nervosa apoderou-se de Ricardo. Sentia-se um adolescente, mas excitado como nunca antes se tinha sentido.

Na parede, havia um sem número de prateleiras. Numas estavam lubrificantes, noutras vibradores de vários tipos. Ao centro, estava um baloiço e, ao canto, várias cordas de bondage. Humberto foi buscar um assento especial onde ambos acabariam por se deliciar.

Primeiro foi Ricardo a sentar-se no assento insuflável, que, bem no centro, desvendava um vibrador acoplado gelatinoso, mas firme, com várias velocidades. Saboreava cada golpe enquanto se deliciava com as partes íntimas de Humberto, que gemia de prazer.

Trocaram de posição uma e outra vez. Os orgasmos sucederam-se. Os fluídos de um e de outro caiam como pingos de uma chuva de prazer pelo chão, pelo corpo e face e pelos brinquedos que Humberto colecionava na sua divisão secreta.

Ricardo não conseguia conter os gemidos de prazer, abafados pelo potente isolamento que Humberto criara especificamente para a sua sala de prazer. Fizeram sexo uma e outra vez, primeiro na sala, depois no chuveiro.

À saída, adormeceram extenuados numa cama king size que Humberto projetara para as visitas mais queridas. No final da sessão, trocaram dois beijos húmidos antes de cada um voltar à sua vida de sempre.

Foi o dia da revelação para Ricardo. Daquele momento em diante, a vida sexual seria repartida entre a esposa e tardes deliciosas em que escapava do trabalho para sentir o corpo suave e musculado de Humberto a roçar o seu.

Ainda hoje, ambos se encontram regularmente, antes do ginásio, ao final da tarde. Sempre naquela divisão secreta, onde ambos dão largas à imaginação.

#contosdeseda ❤

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