Ela já os tinha visto várias vezes e sempre com um trato amigável e de cordialidade, mas naquele dia alguma coisa se passava, havia tensão no ar entre o casal e os olhares para com ela eram estranhos e tensos.

Quando ela se aproxima para entregar o café no final do pequeno-almoço, eis que surge o convite inesperado e estranho para um jantar por parte dela, uma mulher de belas curvas que ela conhecia apenas socialmente de tomar o pequeno-almoço no seu local de trabalho.

O convite foi feito no misto de nervosismo e vergonha pelos 2, mas aceite por ela numa sensação estranha de expectativa e desconforto em que a curiosidade levou a melhor.

Chega o dia e ela entra na casa daquele casal para satisfazer a curiosidade do propósito de tal convite inesperado.

O jantar corre bem, à luz das velas, regado de bom vinho e uma conversa amena, em que ela se apercebe da extrema cumplicidade do casal. Durante o jantar, trocam olhares e carícias e falam um com o outro nos gestos e leves toques.

No final da noite, quando já se estava a preparar-se para sair, eis que Joana – o elemento feminino daquele casal -, que agia e pensava em uníssono, faz a pergunta. Ao de leve e junto ao ouvido, por entre a luz das velas, questiona se alguma vez se tinha atrevido a beijar uma mulher.

Ela não sabe ao certo se foi o álcool ou o momento ou a linda boca de Joana – meio entreaberta – que implorava, mas ela ganhou coragem e beijou. Pelo canto do olho, conseguia ver Carlos a absorver aquele beijo como quem vê uma obra de arte.

Despe o casaco e decide prolongar a estadia e aceita mais um copo. Já na sala, entre os dois, deixa-se envolver num mar de beijos e é tomada por um calor intenso.

Joana pega-a pela mão e leva-a para o leito do casal. Despe-a devagar. No quarto, cheira a incenso e a luz trémula de uma vela deixa voar a curiosidade do que se ia passar a seguir.

Joana abre uma gaveta e pede-lhe para escolher. Não queria acreditar no que estava a ver, uma gaveta forrada a veludo com uma linda seleção de brinquedos, que a deixou curiosa de excitação e expectativa.

Sempre quis experimentar a sensação de ser tocada por uma mulher e complementada com um daqueles brinquedos luxuosos e cheios de erotismo.

Faz a sua escolha e entrega a Joana, que a beija enquanto se deita devagar na cama. A intensidade dos beijos de Joana deixa-a em êxtase. Implora que deixe entrar o brinquedo enquanto olha para Carlos sentado no escuro a admirar o quadro da sua esposa e outra mulher entregues ao prazer.

Está agora entregue a Joana, que conduz com uma destreza deliciosa o prazer entre as duas. Num ápice, Carlos junta-se ao duo, beijando ao de leve a sua esposa, numa inédita dança a 3, que surgia naturalmente.

Foi uma noite longa de descoberta de prazer e partilha de intimidade. Uma noite que será sempre recordada cada vez que Joana e Carlos entrarem na pastelaria para tomar o pequeno-almoço.

Entre os olhares cúmplices, ninguém poderia suspeitar o nível de prazer e intimidade que partilham aqueles 3 supostos estranhos.

Autor: “Ad Astra”

#contosdeseda ❤

Share